A BLITZ já ouviu o novo álbum póstumo do rei da pop. Saiba aqui aquilo que pode esperar das oito canções que veem a luz do dia a 13 de maio.
Apresentado como “The best you’ve never heard” (“o melhor do que nunca ouviu”) deMichael Jackson, Xscape , o novo álbum póstumo, percorre várias fases da carreira do rei da pop e trá-las para o presente com a ajuda de uma série de produtores (o nome que se destaca é, obviamente, Timbaland) que trabalharam de perto com o artista e pensam conseguir adivinhar a forma que estas canções poderiam ter tomado.
Obviamente, nunca saberemos aquilo que Michael Jackson diria ao ouvir a sua voz embrulhada nestas roupagens, mas várias são as coisas que conseguimos assegurar: as canções de Xscape podem até ter sido “restos” de álbuns do artista, mas ainda assim estão vários degraus acima daquilo que ouvimos em Michael , disco anêmico editado em 2010, um ano e meio depois da sua morte.
Sem contextualização, embora se torne mais ou menos óbvio que as oito canções de Xscape saíram de fornadas diferentes, de momentos separados de uma carreira com grandes momentos mas outros nem tanto, é possível dizer que o esforço de L.A. Reid, produtor executivo, para tornar esta coleção de canções num verdadeiro álbum foi grande. E resultou. Xscape é um registro coeso, com oito canções fortes, que apesar de produzidas por nomes diferentes, com imaginários musicais díspares, soam bem em sequência.
Entre a produção sumptuosa de um tema que acreditamos chamar-se “Love Never Felt So Good” (sublinhamos que o alinhamento e os nomes das canções ainda não foram confirmados), disco sound com um toque de magia, facilmente percebemos qual a“estratégia” usada para fazer deste um verdadeiro álbum de Michael Jackson – e que, ao mesmo tempo, permite apagar a má memória dos temas incluídos em “Michael. No primeiro, como nos sete temas subsequentes, é a voz do rei da pop que dita as regras, é ela que está no comando e soa tão bem quanto soava nos seus melhores momentos.
A batida perigosa da segunda faixa apresentada relembra-nos que foi o dedinho deTimbaland que transformou “SexyBack”, de Justin Timberlake, num dos maiores marcos pop dos últimos 10 anos. A terceira, o mais próximo de balada que temos em Xscape , está também próxima de um universo que hoje tem Timberlake como rei. Mas é à quarta canção apresentada – mais um refrão pegadiço servido por um ritmo contagiante – que aqui se mostra o gigantesco, e inimitável, potencial vocal e interpretativo de Michael Jackson.
Com grande parte das canções a empurrar-nos para a pista de dança, torna-se ainda mais admirável o equilíbrio conseguido entre a voz de Michael Jackson e as batidas criadas porTimbaland, Rodney Jerkins, Stargate, Jerome “Jroc” Harmon e John McClain. O exemplo perfeito disso é o quinto tema, que acreditamos intitular-se “Do You Know Where Your Children Are”, marcado pelos gritos agudos inconfundíveis de Michael Jackson.
O início dramático da sexta faixa (“Slave to the Rythm”?) desemboca em algo que nos surpreenderia muito se não tivesse sido Timbaland a produzir e o sétimo tema (“Blue Gangsta”?) equilibra-se entre cordas cinematográficas e novos ritmos sedutores. Para o final, fica reservado o tema que dá nome ao disco, novamente dançável até ao tutano.
No geral, estes temas agora desenterrados e atualizados para construir Xscape conseguem prender-nos a atenção e, assim reunidos num álbum não demasiado longo, acreditamos que irão de encontro à sede de música “nova” de Michael Jackson. Quando todo o secretismo em torno desta nova aventura discográfica acabar, talvez fiquemos a saber melhor o que pensar sobre ela. Se o sucessor de Invincible , último álbum de Michael Jackson (2001), seguiria por territórios aqui explorados, obviamente nunca saberemos. Mas temos sérias dúvidas.
Fonte: News Press Release's
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